terça-feira, 19 de março de 2013

O mundo complexo das Impressoras 3D: Imprimindo Armas

As impressoras 3D têm o poder de revolucionar o mercado. Muitos analistas dizem que a pulverização do setor de produção poderá tirar parte da hegemonia da China no mundo. E isto não é pouco.
Outros dizem que elas podem ser a alavanca necessária para os USA reverterem o cenário recessivo e voltarem a produzir produtos, ao invés de desenvolverem, enviarem para a China e depois comprarem de novo.
Estas impressoras são muito adaptadas a um mundo de personalização de produtos do Século XXI. A grande maioria do mercado consumidor espera produtos especiais, cores especiais, séries exclusivas, o que contrasta com o modelo fordista de produção em série (e em massa). O consumo passou a ser uma maneira de expressar a personalidade, e assim, uma maneira de individuação e destaque perante o grupo. Exclusividade é a alma do negócio.

Mas... Surgem as armas feitas em impressoras 3D.
Veja aqui a autorização do governo americano para impressão de armas

Alguns sites oferecem para download os moldes, você baixa os arquivos e produz uma arma inteira em sua própria casa. E aí a confusão começa, afinal de contas ninguém sabe direito se isto é certo ou não. Com as novas tecnologias surgem os novos dilemas éticos (a biologia têm passado por isto no ramo da genética também).

Um exemplo: Meu vizinho de cima está reformando o apartamento, e a quebradeira começa cedo. Barulho de pedreiro enche o saco.
Eu poderia ter uma impressora 3D, elas custam a partir de U$ 1.000,00. Compro cartucho para ela, baixo um arquivo com todas as peças de um revólver automático, imprimo uma arma e balas pólvora posso pegar nas bombinhas de São João), monto usando um vídeo tutorial no YouTube e, num momento de fúria subo e fuzilo os dois cabras que estão martelando as paredes.

Toda nova tecnologia apresenta uma questão ética que a sociedade precisa debater, mas em alguns casos o debate precisa ser intenso. Numa época onde o desarmamento da população parece ser uma importante maneira de minimizar os resultados da violência inerente ao ser humano, ter uma impressora pronta para imprimir armas em casa não parece ajudar.

Mas nunca esqueçamos que a culpa não é da impressora...

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