O dinheiro parece uma grande resposta para tudo. Por exemplo: Por que você não pode ir para Mônaco, alugar uma Ferrari e ficar passeando, ao invés de ter de pegar o busão na periferia e ir trabalhar 12 horas ou mais do outro lado da cidade?
"Por que não tenho dinheiro", é o que a maioria das pessoas responde.
Esta resposta é na verdade um atalho, que muitas vezes pode levar a uma reflexão equivocada sobre os fatos. Do ponto de vista da Filosofia, somos cercados de simplificações conceituais. Um exemplo? A Física Quântica. Você acha que realmente os debates sobre Física Quântica são fundamentados em sua complexidade? Nem os próprios pesquisadores têm uma visão clara e definida disto, imagina um pessoal que leu algum artigo de divulgação científica e resolve "trocar uma ideia" sobre o assunto. As chances de se simplificar ao extremo são enormes.
Voltando à falta de dinheiro, o que podemos falar sobre esta resposta é que ela é uma simplificação das coisas. Há inúmeros outros fatores que poderiam impedir sua viagem para Mônaco, mas o dinheiro parece ser a única resposta, ou a mais simples de ser dada.
No universo corporativo fazemos este tipo de simplificação o tempo todo. Basta ver a moda dos artigos empresariais sobre "As 5 dicas", "Os 7 hábitos", e coisas do gênero. Ninguém quer ler ou discutir complexidades, queremos a versão simplificada e não funcional das coisas.
Acho que é por isto que as pessoas culpam a falta de dinheiro. Falta de empenho, falta de foco, falta de persistência, tudo é difícil, mas o dinheiro... Parece que não é nossa responsabilidade.
O dinheiro é um pouco como o Deus de antigamente. O pessoal falava: "Deus não quis, vai fazer o quê?"
Hoje não conseguimos fazer alguma coisa, a culpa é do dinheiro.
Cá entre nós, não é nem culpa do dinheiro nem de Deus. Acho que você sabe, mas é tão mais fácil culpar os outros...
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