Freud propõe uma reflexão interessante (na verdade mais do que uma) sobre o Riso. Para entender a piada ele desenvolve um raciocínio interessante: Rimos de uma piada pelo fato dela ter um final surpreendente. Como calculamos um gasto de energia mental quando prestamos atenção em alguém, e a piada corta o raciocínio e termina inesperada, ainda temos uma parte de energia mental que precisa ser gasta, e ela precisa ir para algum lugar. Daí esta energia se transforma em risada.
Parece meio estranho, mas faz sentido dentro do universo mental criado por Freud.
A quebra de expectativas muitas vezes gera o riso, o inesperado, em alguns contextos, faz rir. Mas também está relacionado com a familiaridade. Um bom exemplo dado pelo Gazzaniga é a situação das cócegas. Qualquer filhote de primata ri se um parente, ao brincar, coloca as mãos e começa a cutucar em pontos de seu corpo. Mas se for um estranho fazendo isto, o resultado é o medo. O filhote vai se assustar, e chorar.
Todos sabemos do poder do riso, e acredito que ainda teremos algumas terapias do riso mais estruturadas no futuro. No Japão e em alguns outros países já existe algo acontecendo, onde pessoas se encontram para rirem juntas, mas ainda é uma metodologia ainda incipiente, pouco fundamentada.
Quer fazer um teste sobre o processo de contágio que o riso provoca? Quer sentir os resultados? Veja o vídeo do Steve Kardynal surpreendendo as pessoas no Chat Roulette, preste atenção nas reações das pessoas, ao se surpreenderem com a bizarrice que ele faz, bote seus neurônios espelho para funcionar e mude seu humor. As chances de ficar mais bem humorado depois disto são muito, muito grandes. Aconteceu comigo ontem, quando minha filha Luisa me mostrou o vídeo.
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