Antigamente se buscava atingir o seu público-alvo. O que se queria era conseguir "entregar" a mensagem para o potencial cliente de uma empresa.
Na Televisão o pessoal analisava o perfil da audiência de determinados programas e depois criava uma ação pensando em atingir este público, era importante que esta pessoa atingida "comprasse a ideia" da marca ou produto e guardasse esta ideia na memória para quando fosse para um Ponto de Venda tivesse preferência por esta marca em detrimento das outras.
Hoje a questão de orientar o consumo ainda é válida na comunicação, mas incluiu novos fatores, o que complicou um pouco a vida dos publicitários.
A principal delas é que não adianta mais apenas esperar que o público atingido memorize a mensagem, ele precisa ir além disto. Agora uma boa ação publicitária precisa que o público compartilhe a mensagem, ele não é mais o fim da comunicação, ele é parte dela.
É importante estar atento a isto. Quem trabalha com Redes Sociais já deve ter observado algumas Fan Pages com milhares de "Curtir" e poucos posts compartilhados. Esta é uma situação delicada, pois apesar de existir uma predisposição positiva de um grupo de saber mais sobre a marca ou produto, esta comunidade não está sendo abastecida de conteúdo relevante a ponto de disseminar a mensagem da empresa.
A primeira regra para estimular o compartilhamento é a Relevância do Conteúdo
O que significa isto? Que o conteúdo precisa ser relevante? Isto todos sabemos, o que não levamos em consideração é a Relevância Para Quem! Se a mensagem não for relevante para o público, se ela não fizer sentido para esta pessoa em especial, ela não será compartilhada. E têm muita gente ainda pensando em relevância para a Marca, e não para o público. É na intersecção entre a relevância para a pessoa e para a Marca que o diálogo pode acontecer, e o compartihamento também.
A segunda regra é compreender a dinâmica (sazonalidade) do Fluxo do Tempo
Não é possível pensar Redes Sociais sem ser como um grande e longo Diálogo. É uma conversa, que tem momentos distintos. Alguns assuntos precisam evoluir com o passar do tempo, outros precisam ser falados numa hora mais ou menos apropriada. Da mesma maneira que na vida real alguns assuntos devem ser falados em determinados momentos e situações, isto também vale para as Redes Sociais. Um exemplo? Tente falar sobre um assunto sério e técnico no final do dia de uma sexta-feira e verá sua mensagem morrer sem ser compartilhada por ninguém...
A terceira regra é a Definição das Abordagens dos Temas
Uma empresa têm um estilo de comunicação, um jeito de falar, da mesma maneira que diferentes culturas pelo mundo têm códigos distintos para o relacionamento interpessoal. Brasileiros dão beijo no ambiente de trabalho, Americanos não.
Como você vai "falar" com sua comunidade? Vai adotar a linguagem dela ou assumir sua linguagem padrão?
O risco de adotar a linguagem de sua comunidade é tentar usar uma terminologia que não está no seu cotidiano, e parecer que está "forçando a barra", como quando vemos pessoas mais velhas tentando usar roupas jovens e gírias para se enturmar com a "galera". Nem sempre dá certo...
Caso você queira saber mais sobre Redes Sociais, escrevi um pequeno e-book sobre o tema, para baixar é só clicar aqui.