quarta-feira, 28 de novembro de 2012

As 5 coisas Importantes sobre as Listas de 10 Dicas

Já tinha percebido que as listas estavam na moda quando uma Assessoria de Imprensa me disse: Você deveria organizar os seus posts do blog em formato de listas, tipo "10 Dicas para o Sucesso", ou algo do gênero.

Observando mais atentamente o formato dos artigos dos portais de negócios, percebi que as listas dominaram o pensamento corporativo. Por um lado as listas fazem um certo sentido, por outro não fazem sentido nenhum.

Por que fazem algum sentido?
Porque o trabalho precisa ser organizado, precisamos de listas do que fazer para fazermos nossos projetos irem para a frente. Até para irmos ao supermercado uma lista é bem-vinda. Elas ajudam a definirmos o que é prioritário, e o mais importante: podemos "dar baixa" nos itens que listamos. Uma das melhores coisas que existem quando trabalhamos é podermos, ao final do dia riscarmos tudo aquilo que tínhamos planejado para fazer e perceber que nada ou pouca coisa ficou faltando.

Não há dúvida que listas são importantes para gerenciarmos tarefas, o mundo está complexo e precisamos saber as mil e uma coisas a serem feitas. Mas é bom lembrar que estas são ações operacionais, num plano muito simples das atividades que precisam ser realizadas. Existem outras coisas que não podem ser circunscritas no mundo das listas, e fazem parte do mundo do trabalho. "Refletir sobre minha carreira" é uma questão fundamental, mas não faz sentido nenhum colocar numa lista de tarefas do dia. O que você vai fazer? Entrar no banheiro, fingir que está fazendo cocô e passar quatro ou cinco minutos pensando sobre isto?

Como "Refletir sobre minha carreira" não cabe no formato de listas a solução seria operacionalizar esta reflexão? Ao invés de colocar isto na lista, colocaremos então "Inscrever meu nome num site de empregos", "Atualizar meu currículo" ou "Fazer um MBA"? 
Estas tarefas só fazem sentido se antes eu "Refletir sobre a minha carreira". Se eu não parar e pensar sobre minha vida profissional provavelmente vou trocar um emprego por outro semelhante, fazer um MBA porque todos ao meu redor estão fazendo e coisas do gênero. Neste sentido as listas são uma grande armadilha para a vida profissional.

Por outro lado elas também podem ser um perigo pois estabelecem matematicamente um número fechado de atividades que, a princípio, geram um determinado resultado. Resumindo: Elas simplificam problemas complexos, fazendo com que eles pareçam mais operacionais do que realmente são. "7 Dicas para conquistar mais clientes" esquecem de questões difíceis, como por exemplo análise de mercado, características de sua equipe ou coisas do gênero. Listas como esta podem servir apenas para reforçar a sensação de que "já estou fazendo a coisa certa, todas as coisas da lista estão OK". É o bom e velho auto-engano travestido de motivação e organização. Pode checar as milhares de listas disponíveis: A grande maioria das coisas já fazemos, sempre sobram poucas coisas que precisaríamos fazer para sermos um sucesso. E enquanto estamos tentando implantar aquilo, surgirá uma nova lista, com um novo item, que novamente descobriremos que está faltando. É o cachorro correndo atrás do próprio rabo.

Quando dava aula de Planejamento Estratégico uma das coisas que meus alunos tinham mais dificuldade era separar o que era Estratégico do que era Operacional. As ações sempre estão associadas a uma estratégia. Eles tinham facilidade de definir as ações, mas muita dificuldade em definir as estratégias. 

De novo me lembro da frase do Baudrillard: Nossa sociedade adquiriu velocidade mas perdeu o sentido. Todos estão com pressa mas ninguém sabe para onde ir.

Muito cuidado com as listas. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Por que Ostentar?

Algumas pessoas simplesmente não entendem as razões de tanta ostentação nas redes sociais. A questão é muito simples: Desejo de Status.
O status não é só pura vaidade individual, muitas vezes é necessidade básica dentro de um contexto social.
Sem status não conseguimos nos posicionar dentro de uma sociedade hierarquizada. Vivemos em grupos, e dentro dos grupos há pessoas com maior ou menor grau de influência. E esta influência é determinada pelo status deste indivíduo: Quanto maior, mais influente será. E obterá maiores benefícios de acordo com sua posição neste grupo.

Acho louvável buscar a simplicidade, o caminho da austeridade, da economia, gastar menos, chamar menos a atenção. Tento seguir em muitos momentos da minha vida estes princípios. Mas a honestidade me obriga a  dizer que isto pode gerar duas coisas distintas:
1 - Pouco status dentro do grande grupo
2 - Relativo status dentro de grupos que valorizam estas questões.

Este é outro lado do status, ele é dinâmico, varia de acordo com cada grupo e época. Hoje as mulheres gordinhas estão buscando seu espaço entre as magras, mas até a década de 1960 (e durante alguns séculos) elas foram super valorizadas. Mulheres magras não pareciam boas parideiras, fortes o suficiente para cuidar da casa, da plantação, das crianças. Hoje os elementos que constituíam a base para a definição de uma mulher bonita são totalmente diferentes. E assim o status vai mudando.

Da mesma maneira acontece com a questão da sustentabilidade. Uma pessoa intensamente perdulária e que descarta excessivamente parece estar fora de sintonia com nossa época. Basta ver o exemplo dos carros de luxo nos Estados Unidos, eles diminuíram de tamanho, de consumo, e hoje os grandes carrões americanos são sucesso em países de terceiro mundo, como o Afeganistão. Busca-se ostentar sem desperdiçar.

Hoje convivemos com diferentes tipos de status, mas o da ostentação ainda é poderoso na sociedade ocidental. O excesso, o luxo absoluto, as extravagâncias que podem ser compradas, tudo isto ainda é parâmetro social de nossos tempos. 

Num aplicativo de fotografias, o Instagram, muitos destes perdulários demonstram sua capacidade de gastar fortunas e se divertir "like a boss" em seus perfis. O UOL fez uma compilação de fotografias de maços de dinheiro, champanhes que custam milhares de dólares e iates para quem tiver interesse no assunto. É a boa e velha Revista Caras, agora em versão digital e com os novos animais Alfa se expondo para o bando.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A importância de se comunicar através de imagens

Numa bela matéria da Fast Company, a pesquisadora Pamela Mayer criou um infográfico sobre Verdade, Mentira e Decepção.
Um artigo que poderia ser relativamente maçante se torna algo saboroso, intrigante. em especial pela estrutura escolhida, que lembra camadas de solo, algo geográfico. Impossível não adorar.

Para lembrar: Sem imagens, qualquer ideia vira artigo científico, chato e entediante.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Mais do que uma boa história, que tal ser Original?

Esta semana chamou atenção na mídia uma história simples, porém encantadora. Duas crianças queriam muito que o pai comprasse um gatinho para elas. O pai consentiu, mas impôs uma meta: se eles conseguissem 1.000 likes no Facebook o pai traria o gatinho.

Pela quantidade razoável de likes que o pai pediu suponho que ele tinha certeza que os garotos não conseguiriam (sei lá, o cara pode ser alérgico a pelos). O fato é que os dois conseguiram mais de 120.000 likes no pedido, chamando a atenção no mundo inteiro (Olha a cara de "eu quero um gatinho" da menina!). 

Quando ouço a galera de storytelling falando sobre redes sociais sempre discutem sobre temas como criatividade, inovação, entender a cabeça do internauta, mas acho este caso bom para lembrar da palavra Originalidade. Adoramos histórias com humor, com o Neymar vestido de Besouro, pôneis fofinhos endiabrados, mas não são histórias genuínas, como não são genuínas as histórias que acontecem nos Reality Shows, quaisquer que sejam. Mesmo os casos que passam nos canais fechados da TV em formato Reality são simulações de realidade, todo mundo imitando a realidade, é um estilo ficcional que foi se elaborando com o decorrer dos tempos (e que ainda funciona, nada contra, mas parece estar entrando em exaustão).

Vale o mesmo para as campanhas estilo Natura e Dove, onde se valorizam estilos diferenciados de beleza que fogem do padrão. São também formatos derivados dos testemunhais, mas que não são genuínas em sua essência. Podem aparentar sustentar um novo valor moral das minorias (ou uma estratégia visando atingir um número maior de pessoas, no estilo  Cauda Longa), mas não têm em si o gene da Originalidade.

Não é pelo fato de que uma campanha visa divulgar um produto que ela não possa conter a Originalidade. É que os publicitários e comunicadores estão viciados em maquiar, em ser um anteparo que faz com que o consumidor se relacione apenas com o cosmético que eles aplicam. A publicidade está tão preocupada com a maquiagem que está esquecendo de prestar atenção no rosto das empresas, dos produtos e dos serviços. É um vício, mas um dia ele acaba.

Foto Bizarra do Dia - Bush mordendo um gato

Sem mais, meretíssimo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Da promoção ao mimimi, vale tudo no Facebook!



Sim, é isto que todo mundo procura: ser amado e reconhecido. E isto que sinalizamos nas redes sociais.
A estrutura das Timelines impede uma visão mais ampla, mas se pudéssemos enxergar os posts das pessoas num período mais amplo daria para ver as oscilações de humor com mais clareza. 
(Na verdade dá para vermos isto, mas usando softwares específicos, fazemos isto na Joombo para nossos clientes).

Não há grande diferença do mundo real e do virtual neste sentido. O que há é uma grande arena virtual, um novo espaço público onde as pessoas desfilam e expõem seus sentimentos. Daí as pessoas darem "bom dia" ou "boa noite" nestes espaços, elas querem sinalizar algo para um grupo, não é para você especificamente, mas sim para um coletivo com quem ela se relaciona e que você circunstancialmente faz parte.

Existem algumas pessoas que não conseguem diferenciar a relação a dois e a relação com o coletivo, e jogam sentimentos e pensamentos a esmo, para todo o lado, parecem lavar roupa suja com tudo e todos. Mas estas pessoas geralmente fazem isto no mundo real também. E não estamos falando deste tipo de comportamento.

Pense comigo: O que faz com que uma pessoa avise que está gripada no Facebook? Por que ele vai até o centro da arena virtual e diz "gente, estou gripado e de cama"? Para não passar gripe pelo Facebook? :o)

Essencialmente este comportamento é um chamamento do grupo na sua direção. Mimimi virtual ativado, querendo colo virtual, querendo ser lambido pelos outros membros do meu grupo, quero aplacar a minha dor ou ser alentado pelos que me rodeiam.

Da mesma maneira acontece quando compro um carro novo e posto a foto dele no Facebook. O que quero? Ser admirado, respeitado, quero sinalizar algo como " Lembra do Alessandro, aquele do Uno Velho Caindo aos Pedaços? Agora ele é o Alessandro da Pajero Brilhante Nova".

" Ah, o Facebook não é isto... Na verdade ele é uma ferramenta de comunicação interessante, blablabla..."  Desculpe, ele pode ser até isto, mas a maneira como as pessoas usam vai muito mais no sentido de sinalizar para seus bandos do que propriamente uma ferramenta racional de comunicação no mundo virtual.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Agora Virtual

Nossa Timeline do Facebook nada mais é que um grande Agora, um momento presente que discute o presente. Não há muito espaço para reflexão, no máximo vinte ou trinta linhas, alguma legenda de imagem postada ou artigo que saiu hoje, agora, imediatamente.

Há uma questão interessante e positiva ao situar a experiência de vida no presente. Um monte de pensadores escreveu sobre "viver o presente": é o que temos, já que o passado e o futuro são ilusões, narrativas ficcionais, construções e elaborações mentais. O que nos resta é o presente.

Mas o estranho é que esta vivência do imediato não acontece apenas no mundo real, mas também num mundo virtual (redes sociais e coisas do gênero), e muitas vezes é auto-referente a este mundo, que curiosamente também não existe, como o passado e o futuro "reais".

Isto nos coloca numa situação esquisita, já que passamos a viver um Agora Virtual, não real, e acabamos usando este Agora Virtual como base vivencial.


Curiosamente a palavra Agora vem de Ágora, que era o espaço de debate em Atenas, onde o bom e velho Sócrates passeava e fazia questionamentos filosóficos e existenciais para os cidadãos. E hoje a Ágora é virtual, o espaço de debate são as redes sociais, onde mantemos contato com os conhecidos e os queridos e temos alguns debates, mas todos estes debates são permeados pelo Agora Virtual, pelo imediato, pelo noticioso e pelo auto-referente.
Nesta situação acabamos vivendo mais as construções de realidade dos outros (já vivíamos estas construções antes, mas hoje elas se tornam mais intensas), e juntos construímos uma nova e virtual percepção de realidade coletiva.
Será que não está na hora de relembrarmos o questionamento socrático, tentar investigar um pouco mais algumas questões que acabam ficando sem ser discutidas? Precisamos parar de remexer na espuma e nos aprofundarmos um pouco mais sobre este estranho mundo virtual em que achamos que vivemos. Não analisando nem teorizando, simplesmente vivendo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cachorro come Picanha?

Pois é: Bastou eu descer para comprar um sorvete no mercado aqui do lado de casa para ver este belo produto: Comida de cachorro sabor Picanha.

Como assim? Picanha? E lá cachorro come Picanha?

Mais do que isto, é muita projeção nos animais de estimação. Já passamos da fase do pessoal colocar roupinha no cachorro, levar o cachorro para cruzar em Motéis para Cachorro, e agora estamos fazendo comida alegando que ela tem sabor de comida de gente para gerar ainda mais projeção nas pessoas que têm bicho.


Fico imaginando o "cachorro especialista em churrasco" experimentando os sabores na fábrica:
- Humm, este biscoito têm gosto de Fraldinha. Mas está bem passada, não ficou bom...
- Este outro também não ficou bom, parece linguiça de frango, ninguém gosta de linguiça de frango!
- E se vocês fizessem um suco com gosto de caipirinha? Melhor! De caipi-sakê!

A melhor coisa do produto é que ninguém pode provar se ele têm mesmo gosto de Picanha. Se o cara comer, o marqueteiro pode justificar dizendo que as variações de sabor são para adaptar ao gosto canino, não é para consumo humano... Uma beleza.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Lula é marqueteiro de primeira

 Tudo têm um começo, um meio e um fim. Esta é uma regra que parece ser inabalável, e parece valer na política também. Em estados democráticos ela é perceptível em ciclos menores do que em estados autocráticos. Mas tudo começa e acaba.
Curiosamente na corrida pela prefeitura de SP parece que só o Lula percebeu isto. Dentro da disputa dos grandes partidos, ficou evidente que sua estratégia de escolher um rosto novo para SP foi bem sucedida.
Bastaria acompanhar um dia de horário eleitoral para enxergar que a população estava caçando algo novo. Russomano e Chalita se apresentavam como azarões no páreo: Russomano parecia não ter partido, suas bases políticas não eram claras, e ele mesmo fazia questão de dizer isto. Se colocou numa luta Homem X Partidos, que têm sua empatia, mas sua solidão acabou o consumindo. Já Chalita representava um partido que sempre era lembrado como um partido de vices, ou seja, faz tempo que o PMDB não encabeça uma candidatura em SP. Como candidato a prefeito, Chalita parecia ser um ótimo candidato a vice. 

Mesmo nestas condições, os dois candidatos obtiveram boas respostas do público.

E o míope e sem base popular PSDB? Ofereceu mais do mesmo para a cidade. O que Serra pode oferecer, no fundo, é mais de Kassab, mais do mesmo. Kassab, apesar das diferenças, é absolutamente o que o Serra se propõe a ser: Um gestor, um gerente de um enorme grupo de pessoas. E não um aplicador de uma nova política para a cidade. Se Alckmin tentar seguir carreira política no Executivo terá o mesmo problema. Não há nada de errado em buscar uma gestão competente (não que eles tenham conseguido, mas é o que vendem).
E neste sentido todas as palmas vão para o Lulismo, ancorado na figura de Lula, que independentemente do que o PT queria ou pretendia, escolheu um perfil novo, que oxigenou o debate sem perder a sensação de solidez que um partido traz.


Apenas vale o alerta, dentro desta reflexão, que o Haddad é uma situação provisória quando falamos de inovação na política, este tipo de estratégia funcionou parcialmente, pois se há algo para prestar atenção nesta eleição em SP são os votos nulos e abstenções, que mostram claramente que os paulistanos ainda estão procurando o que querem, e que até toparam o Haddad, mas não era exatamente isto. E o Haddad vai ter de suar para trabalhar com esta base de insatisfeitos. Hoje o desafio dele não vai ser governar com um grande número de anti-petistas, eles estão em extinção.
A briga vai ser convencer este número enorme de insatisfeitos com a política que algo pode ser feito pela cidade. E mesmo que conseguir fazer, vai ter de conseguir que as pessoas achem que ele realmente fez algo de relevante, trabalhar com a percepção das pessoas e com um modelo de gestão que não só privilegie a "manutenção do trem nos trilhos".

Não sei se o Haddad está prestando atenção nestas coisas, mas garanto que o Lula está.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Bônus sem o Ônus - É possível na Internet?

Nos tempos pré-internet já se dizia que não há como ter Bônus sem Ônus. Num mundo totalmente conectado, podemos até questionar a hipertrofia dos benefícios ou dos prejuízos que a hiperexposição pode trazer, mas que eles existem não há dúvida.
É o caso da família Ourfali, que teve o vídeo do bar-mitzvá de Nissim divulgado no YouTube e que virou um sucesso espontâneo, projetando a família na mídia da noite para o dia, ou mesmo antes disto. O que era para estar na esfera do privado involuntariamente vai para a esfera pública.

A família tem todo o direito de pedir que o vídeo seja retirado do ar, dificultando a disseminação das imagens. Mas curiosamente o faz depois de um bom tempo de exposição. Parece que aproveitou a onda de sucesso inesperado e depois cansou da brincadeira. Quer parar de brincar, e será que dá para parar de brincar nos tempos de hoje?

Há casos de artistas que tiveram imagens indevidamente divulgadas e que imediatamente procuraram meios legais para ter seus direitos preservados. Mas não é o caso aqui. Só depois de um certo tempo que a família se movimentou (ou é o que parece). E aí que fica a dúvida: Por que demorou tanto? Estranho.

Ao mesmo tempo o fato relembra a questão de vivermos numa época em que temos pouco controle sobre nossa imagem. A partir do momento em que nos pronunciamos (ou fazem isto por nós), fica praticamente impossível apagar aquilo que foi dito, ou, no caso, filmado e publicado...

Mesmo os céticos têm fé

Nem que seja fé no próprio ceticismo, até o mais cético dos humanos acredita em alguma coisa.
Estava pensando nisto quando tomei uma pílula para dor-de-cabeça hoje de manhã.
Por que eu tomei? Por que eu tenho fé nela. Ou alguém sabe realmente o que é Ácido Acetilsalicílico? Que raios de substância é esta?
O mesmo vale para a pasta de dente com clareador. Alguém já ficou com os dentes mais brancos? Só no Photoshop dá certo. Toda a vez que eu compro pasta de dente fico olhando as inúmeras variedades disponíveis, todas elas prometem alguma coisa que ninguém comprova, mas tem fé que vai servir para alguma coisa.
E o desodorante que protege por 48h? O que eu experimentei durou três horas se tanto...