domingo, 30 de junho de 2013

Para não dizer que não falei das flores


Saindo do supermercado Extra reparei numa estante com um monte de orquídeas. Mais de uma dúzia, todas murchas. Alguém da empresa achou que iriam vender nesta região e mandou, só que ninguém comprou.
Chamei o gerente e perguntei qual seria o destino delas, e ele me falou que ia tudo para o lixo, descarte.

- Já que vai para o lixo, você me dá as flores murchas? Posso pega-las e plantar nas árvores na praça em frente, e em breve elas brotam de novo.

- Então, a gente não pode fazer doação, eu tenho de descartar, são regras do Extra, disse o gerente.

- Vamos fazer o seguinte? Você descarta no sistema e me entrega. Eu só quero replantá-las, pois elas não morrem, apenas a flor murchou. E nossa praça vai ficar mais florida, o que acha?

- Preciso ver com meus superiores, disse o gerente.

Deixei meu cartão com telefone e pedi que ele entrasse em contato, que por favor não jogasse aquelas flores no lixo. Ele ficou de entrar em contato.

Mandou SMS, perguntando se eu podia passar lá no dia seguinte as 14h para retirar, eu disse que sim e no dia seguinte passei no supermercado, na hora combinada. Ele não estava. Deixei recado com o segurança e com dois caixas para que ele entrasse em contato comigo quando chegasse para eu ir retirar as flores.

Continuei a trabalhar, e no começo da noite ouvi da janela o barulho do caminhão do lixo. Me deu um estalo e corri para o supermercado para pegar as flores. Cheguei no exato momento em que o gerente terminava de colocar todas as flores dentro do caminhão, que esmagava os bulbos das orquídeas.

- Não tínhamos combinado de que eu ia buscar as flores? Falei para o gerente.

- O senhor não passou e tivemos de descartá-las, disse mecanicamente o gerente do Extra.

De que adianta todo este papo de Sustentabilidade das Corporações se os funcionários só querem "se livrar" dos problemas, ou seja, descartar caixas de orquídeas sem se preocupar com o destino delas? Mais do que isto, o que custa simplesmente "ceder" estas flores para alguém que só queria algo que não valia mais nada para ninguém, mas que para mim valia alguma coisa?

Às vezes acho que sou um ET neste mundo. Não só na hora em que um monte de flores é socada dentro de um caminhão de lixo, mas na hora que olho nos olhos dos funcionários e eles simplesmente não entendem a razão pela qual eu tentei salvar as flores.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A UOL Host segue as piores práticas do mercado

Sabe aquele vídeo do pessoal do Porta dos Fundos onde o Fábio Porchat tenta cancelar o serviço da TIM? Parece que o pessoal do UOL Host está seguindo, infelizmente, a infernal prática das operadoras de telefonia: Dar canseira no cliente durante horas e mais horas, impedindo o cancelamento de um serviço que não se deseja mais.

Por que decidi cancelar o serviço o UOL Host? Por que utilizo para disparo de Newsletters, e ele têm apresentado algumas falhas técnicas, fazendo com que a diagramação das News fique estranha. Ou seja, existe um problema na qualidade do serviço, ele não funciona como deveria. E ninguém quer mandar uma mensagem que seja toda torta para sua base de email, não é verdade?

Contratamos um serviço concorrente e estamos tentando cancelar o UOL Host. Conclusão? Impossível, a cada instante eles enrolam com perguntas estranhas, a ligação cai, ficam passando de um atendente para o outro, inventam questões estranhas que impedem a finalização do pedido.

Hoje estamos desde as 10h da manhã tentando, já são quase 16h e os caras só enrolando.
Uma dica, enquanto estamos aqui feito bobos: Ao invés de fazer o cliente de bobo e enrolar na hora de cancelar o serviço, que tal cuidar da qualidade do serviço prestado, fazendo com que ele queira continuar a ser cliente? Será que é tão difícil assim?

sábado, 1 de junho de 2013

Criatividade é dureza na vida de um marqueteiro!

Para quem acha que desenvolver campanhas e estratégias de posicionamento de marcas é simples, posso garantir que a coisa é mais complicada do que parece.

Todas as pessoas que trabalham com criação convivem com a questão o dia inteiro. Se precisam fazer um projeto, uma obra, ou o que quer que seja, aquilo não sai da cabeça. Você tem de ficar explicando para os outros por que está com aquela cara pensativa, meio fora do ar.

Aí vai passear e fica olhando uma calota de carro. E o pessoal fica intrigado. "O que será que tem na calota?" Na verdade não tem nada, mas você está em busca de ideias, como o projeto precisa de coisas redondas você encana com a calota, com os frisos dos aros, e fica lá agachado até que alguém chame o Samu ou coisa pior.

Eu sou, infelizmente, daqueles que precisam ficar sozinhos. Sento, escrevo, levanto, ando, bebo água, sento, escrevo, vou ler uma revista, em suma, um negócio totalmente caótico.

Acho que pelo fato de ter tido alguns momentos "persecutórios" no passado, fico meio incomodado com gente ao redor. Levanto e tem alguém me olhando, fico com a sensação de que preciso fazer alguma coisa, sei lá, ir fazer uma pipoca. Por isto hoje prefiro ficar sozinho.

Mas a sensação de criar é frustrante. Você imagina que a coisa vai fluir, mas não é bem assim.

Tentei explicar para a Madre Superiora do colégio onde minhas filhas estudavam, Bender Style, ou seja, daquele jeito sem jeito, o ato de criação:

"Então Irmã, criar é um pouco como ir ao banheiro: A quantidade de esforço não garante a quantidade do que você faz. Você pode passar um monte de tempo sentado lá, e no final só conseguiu escrever duas linhas..."

Acho que ela entendeu o que eu queria dizer...